A Kinossaurus, criada pelo cineasta Ruy Guerra e pela produtora e diretora Janaina Diniz, atualmente à frente da empresa, é uma produtora que se lança ao desafio de explorar uma linguagem audiovisual com objetivo de trazer ao público produtos criativos. Fundador da Kinossaurus, Ruy Guerra é um dos maiores embaixadores do cinema brasileiro: levou seis filmes às telas de Cannes, conquistou o Urso de Prata de Berlim com dois longos distintos, movimentou milhões de espectadores com suas obras em todo o mundo. 

Além da preservação da importante filmografia e da realização de novas obras do cineasta, a Kinossaurus tem como objetivo revelar talentos ao mercado audiovisual, apostando no olhar irreverente de novos roteiristas e diretores, como na série de ficção RINGUE, para o CANAL BRASIL ou como na realização do segundo longa do cineasta Fabio Meira, que despontou com seu filme de estréia “As Duas Irenes”, prestigiado em grandes Mostras como a Berlinale.

Entre curtas e documentários premiados, a Kinossaurus Filmes levou às telas de cinema, TV, VOD, os longas de ficção QUASE MEMÓRIA, baseado em um clássico da literatura contemporânea brasileira, de Carlos Heitor Cony, vencedor de dois prêmios Jabuti, dirigido por Ruy Guerra, com Tony Ramos, João Miguel, Charles Fricks e Mariana Ximenes no elenco principal, que conquistou prêmios de direção, fotografia, menções honrosas e prêmio especial do Júri em festivais consagrados como Festival Internacional de Cinema de Moscou, Festival de Cine de Punta del Este, Festival do Rio; e em 2024, lança comercialmente AOS PEDAÇOS, novo longa de Guerra, que teve sua estréia mundial no Festival Internacional de Rotterdam, na mostra dedicada aos grandes mestres do cinema, TIGER BURNS, recebeu prêmios de Melhor Fotografia, Melhor Desenho de Som e Melhor Direção no Festival de Gramado 2020, exibido como Hours Concours na Premiére Brasil do Festival do Rio 2024; e Tia Virginia, de Fabio Meira, em coprodução com a Roseira Filmes, vencedor entre outros prêmios, de seis kikitos no Festival de Cinema de Gramado em 2023, incluindo Melhor Filme pela Crítica, Melhor Roteiro para Meira e Melhor Atriz para Vera Holtz, além de dois Prêmios Grande Otelo de Melhor Atriz para Holtz e Atriz Coadjuvante para Arlete Salles, concedidos em 2024 pela Academia de Cinema Brasileira.


foto: Pablo Baião

crédito: Pablo Baião

 

Ruy Guerra

Ruy Guerra nasceu em Lourenço Marques (hoje Maputo), Moçambique, então colônia portuguesa, em 1931. Estudou arte cinematográfica em Paris, no Institut dês Hautes Etu dês Cinématographiques (IDHEC). Lá começou sua carreira como assistente de diretor em diversos filmes franceses, antes de imigrar para o Brasil.

Em seu filme de estréia Guerra já mostrava o talento que o levaria a vencer em prêmios e público, ao longo da carreira. Seu primeiro filme "Os Cafajestes", além de bater recorde de bilheteria, foi selecionado para o Festival de Berlim. Em seguida, o lançamento de "Os Fuzis", filme que o colocado na linha de frente do movimento do Cinema Novo e ganhou o Urso de Prata no festival de Berlim. Tendres Chasseurs, filme lançado e lançado na França, fez parte da seleção oficial da Quinzane dês Réalisateurs, e ganhou Medalha de Ouro no Festival de Veneza. Os Deuses e os Mortos foi selecionado para a competição oficial do Festival de Berlim e foi também aplicada na Quinzane dês Réalisateurs, além de ser selecionado como um dos 7 melhores filmes de 1971 pelos Cahiers Du Cinema. Com "A Queda",

O longa "Aos Pedaços", produção mais recente da Kinossaurus Filmes, teve sua estréia mundial no Festival Internacional de Rotterdam de 2020, é o 16º longa metragem da carreira de Ruy que, entre outros filmes, dirigiu "Eréndira", adaptação do livro de Gabriel Garcia Marquez, que permaneceu por um ano em cartaz nos EUA, fazendo só em Nova Iorque, um milhão de espectadores; o musical "A Ópera do Malandro", um filme que superou o público dos filmes estrangeiros do ano; "Kuarup" e "Estorvo", ambos indicados à Palma de Ouro no Festival de Cannes.

Apesar de ter recebido mais de sessenta prêmios ao longo de seus sessenta anos de carreira, o talento de Ruy Guerra não se restringe somente ao cinema - dirigiu peças de teatro, séries para televisão, entremeio, é autor teatral, e letrista junto a grandes nomes da música popular brasileira, como Chico Buarque, Edu Lobo, Baden Powell, Sérgio Ricardo, Francis Hime e outros. Fundou os cursos de cinema das Universidades Estácio de Sá e Gama Filho, onde foi diretor e professor, assim como na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Ruy Guerra se dedica às artes há mais de meio século, tornando-se, indiscutivelmente, um grande pensador do cinema e da cultura no Brasil e no mundo. Em 2021, Guerra vai realizar seu próximo longa "A Fúria", o último de uma trilogia, uma continuação de seus filmes clássicos do Cinema Novo, “Os Fuzis” e “A Queda”.


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Janaina Diniz

Janaina Diniz atuou em teatro, TV e cinema, formou-se em audiovisual pela Universidade Gama Filho, estudou roteiro com Garcia Marquez na Escola de Cine e TV de San Antonio de Los Baños, em Cuba, e ministrou aulas de Fundamentos da Linguagem Audiovisual na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Tornou-se diretora e produtora após décadas de trabalhos como primeira assistente de direção dos mais diversos diretores brasileiros, como Carlos Diegues (Deus é brasileiro); Aloísio Abranches (As três Marias); Paulo Caldas e Marcelo Luna (O Rap do pequeno príncipe contra as almas sebosas); Ruy Guerra (O veneno da madrugada); e, entre muitos outros, como coordenadora de toda a equipe de direção de “5 X Favela” de Carlos Diegues. Trabalhou como roteirista de documentário e ficção, dirigiu filmes publicitários, clipes e DVDs musicais, a série "Ringue" para o Canal Brasil, o documentário Da Terra; o premiado curta Posta Restante, e o infantil Chapeuzinho Amarelo, sua adaptação para cinema do livro homônimo de Chico Buarque de Hollanda. É produtora de premiados longas como “Tia Virginia”de Fabio Meira, “Quase Memória” de Ruy Guerra, e de "Aos Pedaços", novo longa de Guerra que será lançado em 2025.